Já se deparou com algum caso de icterícia neonatal nos livros e não soube o que fazer? Confira algumas informações sobre esse problema!
A hora do nascimento de um novo bebê é um momento empolgante para os pais e para todos os profissionais envolvidos no processo, mas é importante lembrar que ele também pode ser bastante delicado.
Intercorrências durante o parto podem acontecer em qualquer gestação, ainda que algumas ofereçam mais riscos do que outras. Por isso, é fundamental que ela aconteça em um ambiente repleto de profissionais capacitados e com a infraestrutura necessária para lidar com essas alterações.
Uma das mais comuns é a icterícia neonatal, tema do nosso artigo. Você sabe o que é isso? Se não, continue a leitura para descobrir. E se sim, não deixe de conferir a postagem e ver se há algo que você ainda não sabe sobre o assunto. Boa leitura!
O que é a icterícia neonatal?
Que a icterícia é o termo utilizado para definir a presença de uma coloração amarelada na pele e nas conjuntivas dos pacientes, provavelmente você já sabe. Ela está relacionada a problemas hepáticos, devido ao acúmulo de bilirrubina nos tecidos.
Mas, e quando isso acontece com os recém-nascidos? Esse é o termo conhecido como icterícia neonatal, questão que atinge especialmente os neonatos a partir de um dia de vida. Esse problema tende a se agravar progressivamente até o quarto dia do bebê e a apresentar uma melhora a partir da segunda semana.
Quais são os sintomas da icterícia neonatal?
A icterícia neonatal é uma questão que afeta cerca de 80% dos neonatos. Ou seja: é bastante frequente. O seu sintoma mais comum é a alteração na coloração da pele e das conjuntivas, que se tornam amarelas. No entanto, outros sinais clássicos envolvem:
- sonolência excessiva;
- urina escura;
- fezes claras;
- perda de apetite.
Nem todos os casos apresentarão todos esses sintomas. É importante ficar alerta e fazer um exame completo no bebê, diariamente.
Quais são as causas da icterícia neonatal?
Normalmente, a icterícia neonatal está associada a um processo natural do desenvolvimento do recém-nascido. Ao nascer, muitas vezes, o fígado ainda não está 100% pronto para funcionar adequadamente. Por isso, há uma alteração no processamento da bilirrubina, fazendo com que ela se acumule.
Por conta disso, a maioria dos casos de icterícia neonatal são autolimitantes. A melhora começa a ser observada por volta do 10º dia a partir do nascimento da criança.
Quais são os riscos da icterícia neonatal?
De modo geral, a icterícia neonatal não apresenta riscos. No entanto, isso não quer dizer que a criança não deva ser monitorada diariamente em busca de melhoras no quadro. Afinal, a hiperbilirrubinemia é um grave problema para a saúde de qualquer paciente, incluindo os neonatos.
Quando há bilirrubina em excesso por muito tempo no organismo, ocorre um processo de neurotoxicidade. Assim, o bebê pode apresentar cansaço, sonolência e dificuldade para se alimentar, além de outros sinais que podem ser muito prejudiciais em uma fase tão delicada da vida.
Como fazer o diagnóstico da icterícia neonatal?
O diagnóstico da icterícia neonatal é feito por meio de um exame conhecido como bilirrubina transcutânea. Esse é um exame não-invasivo, utilizado para dosar as taxas da substância. É utilizado um aparelho chamado de bilirrubinômetro.
Quais são os possíveis tratamentos para icterícia neonatal?
Como vimos, a icterícia neonatal é, em grande parte dos casos, autolimitante. No entanto, caso a criança não melhore ou apresente altas taxas de bilirrubina, pode ser interessante fazer um tratamento chamado de fototerapia.
Nele, o bebê é colocado em um aparelho com lâmpadas que atuam na estrutura da bilirrubina, facilitando o seu metabolismo pelo organismo do recém-nascido. Esse tratamento dura alguns dias e é completamente indolor e seguro, desde que os olhos do paciente sejam devidamente protegidos.
Como ser mais eficiente no diagnóstico e na prevenção dessa condição?
Já deu para perceber que identificar e tratar a icterícia neonatal da forma adequada é imprescindível para garantir a saúde do bebê em seus primeiros dias de vida, certo? Mas afinal, como me preparar para fazer um bom diagnóstico da condição? Confira algumas dicas a seguir!
Leia bastante sobre o assunto
A primeira dica envolve a leitura massiva de estudos, publicações e artigos sobre o tema. Com esse cuidado, você aprende detalhes que foram há muito tempo esquecidos das suas aulas da faculdade e consegue se manter a par das novidades do assunto.
Vale lembrar que a visualização de imagens também é muito importante. Então, busque referências visuais que possam otimizar o seu diagnóstico, tornando-o mais preciso e baseado em casos clínicos vistos anteriormente.
Conheça as diretrizes diagnósticas
Os cuidados com o recém-nascido são muito importantes. Afinal, estamos falando de seres delicados, que acabaram de vir ao mundo e precisam de todo o suporte necessário para se adaptar à nova realidade.
Por isso, é importante conhecer as diretrizes de cuidados com esses pacientes tão especiais. Um bom documento que aborda esses detalhes é o “Atenção ao Recém Nascido: Guia Para os Profissionais de Saúde”, do Ministério da Saúde.
Faça especializações e atualizações
Não há problema em um médico generalista fazer esse tipo de diagnóstico, mas ele se torna ainda mais preciso quando há cursos de atualização ou uma pós-graduação envolvida no processo.
Investir em especialidades médicas é uma ótima medida para se aprofundar em um determinado assunto e, assim, fazer diagnósticos cada vez mais precisos sobre o tema. Além disso, o tratamento é muito mais direcionado e pautado nas descobertas e tendências mais recentes.
Como podemos observar, o diagnóstico e o tratamento da icterícia neonatal são essenciais. Para ter um bom treinamento, é importante que você sempre se atualize com as diretrizes e novidades sobre o assunto, mantendo os seus protocolos sempre de acordo com as tendências mundiais.
Para isso, nada melhor do que investir em cursos livres, que aperfeiçoam o conhecimento e ajudam os profissionais a relembrar uma grande variedade de conceitos básicos. E então, que tal conferir a Revisão de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal da Inspirali e aprender pontos cruciais sobre o tema?